Prazeres mínimos que cruzam nossa vida e atuam como injeções instantâneas de enorme alegria:
- Estourar bolinhas de plástico-bolha.
- A primeira pisada na areia da praia.
- Sentir o cheiro da chuva antes mesmo de chegar o temporal.
- Quebrar a casquinha de um pão francês fresco.
- Correr para passar manteiga no pão ainda quentinho e dar a primeira dentada.
- Atolar o pé descalço na lama.
- Afundar a mão em um pote cheio de grãos (pode ser arroz, feijão, lentilha…sempre crus, claro).
- Assistir à roupa rodando na máquina de lavar.
- Meio nojento, mas irresistível: espremer cravos e espinhas.
- Barulho da latinha de refri se abrindo.
- Esmagar latinhas de alumínio vazias.
- Acordar de manhã e ver no relógio que ainda faltam duas horas para levantar.
- Encontrar dinheiro no bolso da calça.
- Soltar fumacinha pela boca em dias frios.
- Romper a gema de um ovo frito e ver a caldinha amarela escorrer.
- O primeiro gole de água gelada quando estamos com muita sede.
- Fazer um bebê rir (e não começar a chorar logo em seguida).
- Ver crianças mostrando a idade com as mãos (melhor ainda se ela não precisar de duas).
- Descascar uma laranja inteira sem arrebentar o filete de casca.
- Soltar com os pés o edredom esticadinho na cama.
- Virar o travesseiro e deixar a cabeça no lado mais geladinho.
- O primeiro acorde tocado no show da sua banda favorita.
- A famosa “pescada” de sono, aquele momento caprichosamente instalado entre a atenção e o cochilo.
- A primeira mordida em algo muito crocante.
- Chegar ao ponto exatamente junto com o ônibus que você precisa pegar.
Texto: Artur Louback