Para quem tem perfil empreendedor, a história mostra que crises podem ser excelentes oportunidades para iniciar ou expandir negócios. No “novo normal”, não é diferente, mas é comum que tenhamos dúvidas sobre quais tipos de investimentos são mais seguros neste cenário desconhecido.
No mundo dos empreendimentos, costuma-se dizer que baixo risco é igual a baixo rendimento, mas o Franchising é uma exceção a esta regra. Desde que os levantamentos trimestrais e anuais do setor passaram a ser realizados – em 2001 -, não houve sequer um ano em que o mercado de Franquias tenha apresentado retração.
Na verdade, entre 2001 e 2019 o crescimento em faturamento do Franchising manteve-se em média 10% acima do crescimento do PIB.
Existe baixo risco no “novo normal”?
Ainda que instabilidades globais afetem a todos, o setor de Franquias conta com algumas vantagens para enfrentar recessões. “O Franchising proporciona acesso a um modelo de negócio, produto ou serviço formatado e testado, uma marca reconhecida, ao poder de compra de uma rede e o compartilhamento de recursos como sistemas e ações de marketing”, afirma André Friedheim, Presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Segundo Friedheim, no novo normal, o mercado de Franquias pode ser ainda mais indicado. “Neste momento, ao ingressar em uma rede, o empreendedor vai ter acesso a experiência e ações conjuntas para enfrentar o atual cenário também, o que é fundamental para o sucesso do negócio”, explica.
Fernando Massi é sócio-diretor da Rede de Clínicas de Ortodontia, OrthoDontic, e confirma a tendência. “Após o fim do período inicial de isolamento, a nossa taxa de comparecimento às consultas foi de quase 80%. Sabemos que o país ainda enfrentará muitos obstáculos, mas processos bem formatados e uma marca forte com certeza dão segurança para que os Franqueados estejam um passo à frente no momento da retomada”, garante o empresário.
De crise em crise
Em 2014, o Brasil deu os primeiros passos rumo a pior crise político-econômica de sua história. A seguir, a economia do país encolheu em mais de 3% por dois anos consecutivos, muitas empresas quebraram e muitos brasileiros ficaram desempregados.
Os indicadores do varejo e do setor de serviços, de forma global, também ficaram no vermelho, mas o Franchising se manteve estável – e até melhorou seus indicadores – durante todo o período de recessão.
O presidente da ABF ressalta que que o setor resiste a turbulências há muitas décadas e ainda oferece oportunidades. “Após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, houve um grande impulso no mercado de franquias que atraiu muitos profissionais que tinham perdido seus empregos”, relata.
O IBGE aponta que em abril deste ano o número de pessoas solicitando auxílio-desemprego subiu 39% em comparação ao mesmo período do ano passado. Logo, além de uma possibilidade segura para grandes investidores, no “novo normal”, o Franchising pode representar uma luz no fim do túnel para parte desta população, mas desta vez, do lado de trás do balcão.
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